sábado, dezembro 01, 2007

A Degradação do Comércio no Entroncamento

Mais uma vez, gostaria de agradecer e felicitar a Rádio Voz pelo excelente serviço que presta ao nosso município, possibilitando estas intervenções semanais aos partidos políticos locais.

Gostaria de aproveitar esta oportunidade para falar da degradação do comércio no Entroncamento.

Numa altura em que tanto se fala das nossas fianças locais e do novo orçamento do nosso município, pensamos que será importante relembrar uma época em que a vida económica e social do Entroncamento estava no auge.

Eu ainda sou do tempo em que a nossa cidade era o centro comercial do distrito, nessa altura as finanças locais eram sãs e a nossa autarquia respirava dinamismo.

Todos nos lembramos das lojas cheias e das famílias nas ruas!

Em alturas como o natal o Entroncamento era positivamente invadido por um enorme número de pessoas das cidades limítrofes que se deslocavam à nossa cidade para fazer as suas compras.

Nesta altura a nossa cidade tinha cinema, diversão nocturna, comercio e serviços, todas as actividades que uma cidade dinâmica possui.

Será que essa realidade está assim tão ultrapassada?
A ineficácia do executivo PSD em relançar a cidade no trilho certo indica que a sua estratégia é manter o entroncamento no marasmo em que se encontra e não reencontrá-lo com a sua história comercial.

Hoje estamos numa cidade em que a única coisa que passa nos nossos centros comerciais é corrente de ar.

As lojas estão vazias! Mantendo-se abertas apenas por carolice dos seus donos.

O nosso comércio está vendido a uma grande superfície que seca o Entroncamento, que tira as pessoas do centro da cidade e que as catapulta para os espaços comerciais das cidades vizinhas.

Uma pessoa que vá ao E’leclerc, se quiser continuar a fazer compras, ou se não encontra o que pretende, tem mais tendência para ir pela A23 até ao Torres Shopping do que para vir para o centro do Entroncamento.

Esta realidade tem de ser alterada!!!

É urgentíssimo dinamizar a nossa plataforma comercial, criar os meios e incentivos para rentabilizar os espaços e devolver a alegria, o carinho e o conforto que outrora existiu! Trazendo de volta a qualidade de vida que os Entroncamentenses merecem.

Mário Gonçalves

Orçamento para 2008 e Grandes Opções para 2008 – 011 Posição dos Vereadores, eleitos pelo Partido Socialista.

No passado dia 19 de Novembro a maioria PSD, apresentou para discussão e votação, em sessão de Câmara do Município do Entroncamento, o orçamento para 2008 e as Grandes opções para 2008 - 2001. Os vereadores Alexandre Zagálo e Ezequiel Estrada, consideraram o referido orçamento um documento fraco e irrealista que se traduz numa perspectiva de continuada gestão desequilibrada, despesista e sem rigor, senão veja-se:


- Continuam a ser esquecidos equipamentos fundamentais, como a Biblioteca, a Casa da Juventude, a requalificação do Cine - Teatro S. João, o projecto da Nova Esquadra da Policia e a Habitação Social;


- Prevê nas receitas, com a venda de prédios urbanos a quantia de 5.000.000,00 €, questionaram se já contemplaria o valor de 2.400.000,00€ da venda dos 20.000 metros quadrados que estavam previstos para construção de equipamento escolar, junto ao Lar Ferroviário?
Em venda de terrenos da Zona Industrial estava prevista uma receita de 1.500.000,00 €, no orçamento do ano em exercício (2007). Para 2008 prevê-se uma receita de apenas 500.000,00€, será que já se realizaram 1.000.000,00€ de receita em 2007?, ou simplesmente se desistiu da perspectiva de atrair alguns investidores de acordo com recentes declarações do Presidente do executivo?


- Em juros e amortizações de empréstimos, despenderá o Município do Entroncamento a quantia de 862.000,00€ com o acréscimo de 136.482,00€, relativamente ao ano de 2007. Isto, por uma dívida de empréstimos bancários que neste momento se cifra em 7.011.224,86, ou seja considerando como referência o escudo, mais de um milhão e quatrocentos mil contos, sendo que esta, é considerada a Actividade mais Relevante deste Município com 41,60/0 de previsão.


- A transferência da Administração Central como Fundo de Equilíbrio Financeiro para este Município cifra-se em 3.325.163,00€ sendo que esta verba, segundo o orçamento apresentado, não chega para as despesas, com as remunerações de Pessoal, ao serviço deste Município que se prevê num total de 5.123.955,00€, com um aumento de 124.000,00€, relativamente ao ano de 2007, a contar com outras despesas correntes para assegurar o funcionamento deste Município que se prevê em cerca de 4.797.425,00 €. Assim, tem a Câmara de recorrer a outras receitas, ou seja os munícipes a contribuir com o montante de 6.596.217,00 €.


- No orçamento de receita para 2008, está consignada na rubrica "Parque de Estacionamento ", a verba de 461.630,00€, o que distribuída por 365 dias, daria como receita diária, a bela quantia de 1.265,OO€, ou seja o equivalente a mais de 250 contos, por dia. Alguém, acredita?


- PPI - Plano Plurianual de Investimento
É apresentada uma relação, referenciando mais de 40 projectos, considerados numa perspectiva de comparticipação do QREN, em 750/0, o QREN é considerado no contexto do actual quadro comunitário, como um chapéu, mas como dizia o actor Vasco Santana, chapéus á muitos. Esta relação, consideraram os vereadores eleitos pelo Partido Socialista, não passa de intenções, pois que a proposta que lhes foi apresentada, não estava suportada em regulamentação e respectiva programação.


- Na maioria dos contratos de empréstimos celebrados com instituições bancárias está previsto um prazo para além de vinte anos na sua amortização, isto é, hipotecar o futuro deste Município e deixar a factura por pagar às gerações vindouras, o que traduz lUna enorme falta de respeito e consideração pelos jovens desta terra.


- Não obstante estas contradições existentes no documento que foi submetido à apreciação da Câmara é de sublinhar o facto do Município do Entroncamento receber mais de 158.000,00€ da Administração Central, relativamente ao ano de 2007.
Face a estas considerações, sugeriram os vereadores eleitos pelo PS Alexandre Zagálo e Ezequiel Estrada uma gestão rigorosa, de contenção nas despesas e contratações de cariz político.
Pelo que não lhes restou outra alternativa, em obediência aos interesses de toda a população do Entroncamento, que foi a de votar contra, o Orçamento para 2008.


Os Vereadores eleitos pelo PS
Ezequiel Estrada
Alexandre Zagálo

domingo, novembro 18, 2007

Intervenção do camarada Mário Gonçalves na Rádio Voz do Entroncamento

Gostaria, para começar, de cumprimentar todos os ouvintes da Radio Voz assim como todos os habitantes do entroncamento.

Como militante do Partido Socialista e da Juventude Socialista tenho a obrigação de denunciar algumas situações lamentáveis, erradas ou até mesmo injustas tanto para os jovens como para todos os habitantes da nossa cidade.

Como 1º ponto, penso ser importante realçar a falta de espaços de lazer que atraiam a nossa população tanto para os momentos em família, como para o desporto enquanto actividade lúdica, espaço esse o chamado corredor verde prometido na última campanha do executivo PSD e esquecido no baú das promessas eleitorais. No Entroncamento, os espaços que existem são manifestamente insuficientes e ou estão degradados ou são inseguros.

É também estranho que as infra-estruturas desportivas sejam escassas e não abranjam toda a população.

Para se utilizar as instalações desportivas camarárias é necessário recorrer a burocracias, como pedir um atestado médico, e depois ter a sorte de um dos clubes desportivos da cidade não as estar a utilizar. Onde é que estão as infra-estruturas de bairro acessíveis a todos? Será que é mesmo preciso estar a 100% fisicamente para se praticar desporto? Será que os nossos jovens não merecem, hoje, um parque de desportos radicais? Estas são algumas perguntas que eu gostaria de ver respondidas e para as quais ainda procuro resposta.

Outro ponto importantíssimo, não só no entroncamento, mas em todas as cidades é a educação. O Entroncamento é hoje uma cidade com as escolas cheias. O Entroncamento é hoje uma cidade em que medidas de recurso como duas turmas de 1º ciclo a ter aulas na mesma sala, uma de manhã e outra à tarde, é uma realidade. É vergonhoso, que perante este cenário, a Câmara vá alienar um terreno que estava destinado à construção de uma escola integrada, para construir mais prédios. Podendo assim reduzir as dívidas da Autarquia liderada pelo executivo PSD, mantendo sua estratégia despesista e egocêntrica sem olhar às necessidades básicas de uma população jovem e activa.
Para terminar:
Propomos uma zona verde com mobiliário urbano entre os campos de ténis e as piscinas municipais, no âmbito de servir a população no seu tempo de lazer. De modo que possam praticar um desporto livre.

Propomos a requalificação urgente do parque do Bonito, dos ringues na zona norte e junto ao ciclo e a criação de áreas pedonais em toda a cidade.

O Entroncamento tem de deixar de ser betão e passar a pensar nos seus habitantes com o coração.

“O Rumo do PS: Modernizar Portugal”

Quando realizou o seu último Congresso, em Outubro de 2004, o Partido Socialista estava na oposição. O País - governado por uma coligação de direita, formada pelo PSD e o CDS-PP - vivia uma profunda crise de esperança. A governação da direita falhara rotundamente no seu objectivo central de controlar o défice das contas públicas e era evidente para todos que se limitava a procurar disfarçar o fracasso com malabarismos ontabilísticos e truques orçamentais. Para os portugueses, o preço dessa obsessão foi elevado, traduzindo-se, fundamentalmente, num crescimento vertiginoso do desemprego e numa grave e prolongada recessão. Aos maus resultados da governação juntava-se, ainda, uma dupla crise de confiança: uma crise de confiança num Governo sem norte nem sentido de Estado e, sobretudo, uma crise de confiança no futuro do País e nas suas capacidades.

Hoje, dois anos depois, ao realizar o seu XV Congresso, o PS já não está na oposição: está no Governo - e com a primeira maioria absoluta da sua história. E o País trocou
a sua crise de esperança por uma progressiva e sustentada recuperação da confiança. O caminho escolhido pelos militantes do PS confirmou-se, portanto,como o caminho certo.